Baú de Memórias

sábado, agosto 28, 2010

Do tempo do esquema escola - cinema - clube - televisão

O passar dos dias e anos me faz refletir sobre os relaciomentos que temos em nossas vidas, muitos deles são fugazes. Colegas de trabalhos de outras épocas de nossas vidas, que durante 1 ou mais anos eram mais presentes em sua vida do que sua namorada, hoje não fazem mais parte nem de sua agenda no celular.
Aquele cara que mandava e-mails de correntes todas as manhãs e ia almoçar com você no trabalho, que te adicionou no MSN, Orkut, hoje não passa de um retrato apagado em sua lista de contatos.

Não entro muito no Orkut como há uns 3 anos, ele está abandonado de fato, com a última atualização de álbum de fotos em 2008, é mais um baú de memórias que inventei. Posso vir a atualizar, mas dependerá de meu humor.
Vasculhando a poeira do orkut, reencontrei figuras da época da faculdade, que me adicionaram quando essa rede social era febre e não se chamava de rede social. Se naquela época já eram figuras do passado, imagina agora, 6 anos depois. Encontrei muita gente que está com 1 ou 2 filhos, montou família mesmo, outro mudou-se lá para o interior de Santa Catarina e agora é candidato a Deputado Estadual.
Outros só entraram durante a febre mesmo e abandonaram a mais tempo que eu, vejo isso porque lá só tem a foto da primeira das duas filhas. Poeira cibernética.
Tudo isso me prova que na vida algumas relações são temporárias, mas parece que temos um prazer em ao menos saber que aquele seu colega do ensino primário está bem, com família feita, trabalhando, com saúde. É uma forma de aliviar a própria consciência por não ter sido mais insistente na manutenção de amizades, na criação de laços mais duradouros com aquela turma que saía junta todo fim de semana para ir no barzinho e hoje são vultos digitais em seu perfil.
O triste mesmo é saber que você perdeu um de seus melhores amigos, como foi meu caso há pouco mais de 1 mês. Saber que tudo que vocês vivenciaram ficou pra lá no passado e não haverá repetição neste mundo físico. A morte de alguém da sua idade, da sua turma, seu amigo desde o tempo em que o esquema escola - cinema - clube - televisão vigorava, é um baque na sua imortalidade psíquica.
Fica a saudade e a vontade de não escrever mais nada, pois esse sentimento nos deixa sem mais palavras, só o próprio siginificado dele em si.

(postado em Primavera do Leste, viajar dá asas a saudade de casa, de tudo e de todos)